Uma palavra de valor......

״הלל ושמאי קבלו מהם׃ הלל אומר׃ הוי מתלמידיו של אהרון, אוהב שלום, ורודף שלום, אוהב את הבריאות, ומקרבן לתורה.״


"Hilel e Shamai foram discípulos dos precedentes. Hilel dizia:
procurai ser como os discípulos de Aarão, amai a paz, procurai a paz, amai as
pessoas e aproximai-as da Lei divina."
״אם אין אני לי מי לי, וכשאני לעצמי מה אני, ואם לא עכשיו אימתי.״

"O mesmo dizia: Se eu não for por mim, quem será por mim? E quando
eu sou só por mim, o que sou eu? E se não for agora, então
quando?"
.................................................................(Pirkei Avot 1:12,14)

Beit Midrásh

Beit Midrásh
A Casa dos Sábios

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008




ברוך אתה יהוה אלהינו מלך העולם שעשה נסים לאבותיינו בימים ההם בזמן הזה
Chanukáh...
Um nome muito sigificativo num momento e num tempo tão misturado como os que estamos vivendo. Comemorar em Dezembro a festa de Chanukáh é muito significativo e edificante. Nesta época em que é festejado o Natal, recordamos o milagre que o Eterno realizou ao nosso povo no passado, na época dos macabeus... A festa de chanukáh, que começa no dia 25 de Kislêv e tem duração de 8 dias(que cai geralmente na segunda metade do mês de Dezembro), comemora os eventos que ocorreram na terra santa, na época do segundo Templo, durante a era do domínio grego da dinastia selêucida, cujo centro era a Síria. Foi naquela época que surgiram, pela primeira vez na história do nosso povo, perseguições contra a religião judaica. Naquele tempo apareceram as manifestações comoventes e espantosas de heroísmo judeu e total dedicação à causa da preservação da herança do judaísmo. Foi por isso que aqueles acontecimentos deixaram uma profunda marca no curso da história judaica e se tornaram uma fonte poderosa de fortalecimento espiritual para as gerações posteriores.

O pano de fundo histórico e o cenário político-militar daquela época, que se iniciou com as conquistas de Alexandre Magno (333 a.e.c) no Oriente e que abriram os seus portões a cultura elenística. Os herdeiros de Alexandre deram continuidade ao domínio da cultura grega. Érets Israel era dividida entre as dinastias de Ptolomeu, do Egito, no sul, e a dos Selêucidas. O reinado do rei selêucida Antioco IV, apelidado de Epífanes, marcou a mudança para pior. Ele se atribuia uma dinvidade e a missão de disseminar a cultura grega. Os oficiais do rei e seus soldados percorriam as cidades eos povoados e obrigavam os habitantes a sacrificarem oferendas nos altares impuros dos idólatras. Porém, apenas os fracos obedeciam às ordens do rei. A maioria expressava uma resistência passiva, figiam aos desertos ou emigravam para o Egito, onde se juntavam a grande comunidade judia lá. Ou sofriam a morte de mártires, pelo nome sagrado de D'us, a fim de não trair a fé de seus antepassados. Foi nessa época que ocorreu, pela primeira vez o fenômeno de "'"Kidush Hashem""' em massa, cujo o exemplo foi seguido por muitas e muitas gerações. A revolta eclodiu em Modiin, pequena cidade situada nas colinas ao leste da cidade de Lod, quando o oficial do rei convocava os habitantes, entre os quais se encontrava Matitiahu, o velho Kohen da família dos Hashmonaim (Hasmoneus), a sacrificarem porcos no altar do ídolo. Eis que se aproxima um elenizante (judeus adéptos da cultura grega e costumes pagãos, pois muitos foram os judeus que se tornaram helenizantes) para fazê-lo, perante o povo. Não se contendo, Matitiahu se lançou sobre o judeu e o oficial, matando-os. Foi naquele momento que lançou seu famoso grito: Mi 'im 'Elohim, bo' 'imi ! (Quem está com D'us, venha comigo!) que se espalhou por toda a Judéia. Matitiahu, o Hasmoneu, e seus 5 filhos Yochanan, Shim'on, Yehudáh, 'Ela'azar e Yonatan fugiram ás montanhas de Gofnáh, ao leste de Modiin e ao norte de Jerusalém. Lá se juntaram muitos outros judeus à eles ao apelo de Matitiahu. Matitiahu designou seu filho Yehudáh para ser o chefe da rebelião. Seu apelido era Macabi, daí o nome de seus comandados de "Macabeus". Depois da quarta batalha, dois anos após o início da revolta, Yehudáh Macabi conseguiu libertar Jerusalém (164 a.e.c). O Templo e sua redondeza foram purificados, os ídolos removidos e o altar restaurado inaugurado, pois Antíoco mandara sacrificar porcos no altar e lá no Kadish-santo dos santos, colocou vários ídolos dentro do Templo e colocou uma estátua de Zeus no altar de sacrifícios do Senhor. A abominação desoladora.....

É ai que os macabeu entraram em ação vencendo-os por completo. Então, no meio dos escombros, ao olharem para aquela desgraça e abominação, choraram de amargura e tristeza e uma menininha, filha de um kohen, achou um jarrinho de azeite, com o selo intacto do Kohen gadol (sumo sacerdote), para ascender as luzes do Menoráh (candelabro) de ouro no Templo, que era suficiente apenas para um dia. Aconteceu então um milagre (Nés).... O azeite durou oito noites, até que se pudesse produzir o novo azeite puro. Viram nisso um sinal dos céus para uma nova era feliz. Em sinal de alegria e gratidão, a cidade foi iluminada com muitas luzes e os macabeus celebraram a sua grande vitória. Era mais uma vitória espirirtual do que militar.

É por isso que celebramos Chanukáh, a festa da Dedicação, a festa das luzes.

Vemos também, nosso Mashiach Yeshu'a (Messias Jesus) nesta festa. No livro que escreveu o evangelísta Yochanan (João) no cap.10 e vs.22, como diz:

וַיְהִי בִּימֵי הַחֲנֻכָּה בִּימֵי החוֹרֶף בִּירוּשָלַיִם וַיּתְהַלֵּך יֵשוּעַ בּבֵית הַמִּקְדָש בְּאוּלָם שְלוֹמוֹה

"E em Jerusalém havia a festa da dedicação (chanukáh), e era inverno. E andava Jesus no Templo, no alpendre de Salomão."

A mensagem que tem esta festa para nós é muito edificante.... Chanukáh é a festa das luzes, e Jesus é a luz do mundo e nós também somos a luz do mundo como ele é.

O azeite é o elemento principal em chanukáh, da mesma forma o Espírito de D'us deve ser mantido constante em nossas vidas iluminando em meio as trevas.

shalom para todos e chag chanukáh sameach....
shalom e feliz chanukáh (festa da Dedicação).

shalom..

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